O que é?

Febre amarela é uma doença viral aguda causada pelo vírus da febre amarela. Na maior parte dos casos, os sintomas incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas.Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias. Em algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa, aparecem dores abdominais e as lesões no causam Quando isto ocorre, aumenta o risco de insuficiência renal.

 

Como se transmite?

O vírus da febre amarela é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infetado. A febre amarela infeta apenas seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosquitos. Nas cidades é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. O vírus é um vírus ARN do género Flavivirus. Pode ser difícil distinguir a febre amarela de outras doenças, principalmente nos estádios iniciais. Para confirmar um caso suspeito, é necessário analisar o sangue através de reação em cadeia da polimerase.

 

Prevenção

Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países exigem que os viajantes sejam vacinados. Entre outras medidas para prevenir a infeção, está a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem. Em áreas onde a febre amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico antecipado e a vacinação de grande parte da população é essencial para prevenir surtos. O tratamento de pessoas infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes contra o vírus. A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte de metade das pessoas que não recebem tratamento.

Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes,[2] das quais cerca de 90% ocorrem em África.[3] Nas regiões do mundo onde a doença é endémica, vivem cerca de mil milhões de pessoas.[2] É comum nas regiões tropicais da América do Sul e de África, mas não na Ásia. Desde a década de 1980 que o número de casos de febre amarela tem vindo a aumentar. Acredita-se que isto seja devido à diminuição do número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de viagens e às alterações climáticas. A doença teve origem na África, de onde se espalhou para a América do Sul através do comércio de escravos no século XVII. Desde então que têm ocorrido vários surtos da doença na América, em África e na Europa. Nos séculos século XVIII e século XIX, a febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas. Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado.

 

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e musculares (principalmente no abdômen e na lombar). dores nas costas, calafrios, fadiga, perda de apetite, náusea ou vômito, delírio, dor de cabeça, pele e olhos amarelados ou sangramento. A febre amarela caracteriza-se pela ocorrência de febre moderadamente elevada, náuseas, queda no ritmo cardíaco, fadiga e vômito com sangue. A diarreia também surge por vezes. A maioria dos casos são, assim, arcoptomáticos, manifestando-se com uma infecção subclínica, mas podendo se tornar grave e até fatal.

O diagnóstico é feito através de reação em cadeia da polimerase (PCR), inoculação de soro sanguíneo em culturas celulares; ou pela sorologia. Os sintomas iniciais da febre amarela, dengue, malária e leptospirose são os mesmos. Portanto, é necessário a realização de exames laboratoriais para a diferenciação. A confirmação do diagnóstico de febre amarela não exclui a possibilidade de malária. Da mesma forma que a febre amarela, a dengue e a malária também podem se tornar graves quando o indivíduo aparenta melhora.

Mais tarde e após a descida da febre, em 15% dos infectados, podem surgir sintomas mais graves, como novamente febre alta, diarreia, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. As hemorragias manifestam-se como sangramento do nariz e gengivas e equimoses (manchas azuis ou verdes de sangue coagulado na pele). Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda hepatite grave com degeneração aguda do figado, provocando aumento da bilirrubina sanguínea e surgimento de icterícia (cor amarelada da pele, visível particularmente na conjuntiva, a parte branca dos olhos, e que é indicativa de problemas hepáticos). A cor amarelada que produz em casos avançados deu-lhe obviamente o nome. Podem ocorrer, ainda, hemorragias gastrointestinais, que, comumente, se manifestam como evacuação de fezes negras (melena) e vômito negro de sangue digerido (hematêmese). A insuficiência renal com anúria (déficit da produção de urina) e a insuficiência hepática são complicações comuns. A mortalidade da febre amarela em epidemias de novas estirpes de vírus pode subir até 50%, mas na maioria dos casos ocasionais é muito menor, apenas 5%.

 

Nas cidades, o vetor da febre amarela é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, a febre Chicungunha e o Vírus Zika. Desde 1942 a febre amarela é considerada erradicada em áreas urbanas do Brasil, mas casos em áreas rurais foram confirmados desde então. No início do ano de 2017 ocorreu um novo surto de febre amarela no leste de Minas Gerais com diversas mortes. Para que o combate à doença seja efetivo é fundamental o controle deste mosquito e a vacinação das pessoas que vivem em áreas endêmicas.

O vírus da febre amarela pertence à família dos flavivírus, e o seu genoma é de RNA simples de sentido positivo (pode ser usado diretamente como um RNA para a síntese proteica). Produz cerca de dez proteínas, sendo sete constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bilipídico. Multiplica-se no citoplasma e os virions descendentes invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são depois exorcistados. Tem cerca de 50 nanômetros de diâmetro.

Muitos danos são causados pelos complexos de anticorpos produzidos. O grande número de vírus pode produzir massas de anticorpos ligados a inúmeros vírus e uns aos outros que danificam o endotélio dos vasos, levando a hemorragias. Os vírus infectam principalmente os macrófagos, que são células de defesa do nosso corpo. O período de incubação é de três a sete dias após a picada.

Contaminação

Nas áreas urbanas, o Aedes aegypti é o principal vetor, transmitindo o vírus da febre amarela de 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada. Esse intervalo, chamado de período de incubação extrínseca, varia de acordo com a temperatura, sendo menor quanto maior for a temperatura. Embora não tenha participação comprovada na transmissão do vírus amarílico, o Aedes albopictus apresenta ampla valência ecológica, adaptando-se aos ambientes rurais, periurbanos e urbanos. Essa característica lhe confere destaque pela possibilidade de fazer a ponte entre os ciclos silvestre e urbano de transmissão. A fêmea do mosquito põe seus ovos em qualquer recipiente que contenha água limpa, como caixas d’água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas, etc. As bromélias, que acumulam água na parte central, chamada de aquário, são um dos principais criadouros nas áreas urbanas. Os ovos ficam aderidos e sobrevivem mesmo que o recipiente fique seco. A substituição da água, mesmo sendo feita com frequência, é ineficiente. Dos ovos surgem as larvas, que depois de algum tempo na água, vão formar novos mosquitos adultos.[carece de fontes]

Aedes aegypti e o Aedes albopictus transmitem também a dengue. Um inseticida altamente eficiente contra esses mosquitos é o DDT. No entanto seu uso é controlado já que pode causar câncer. Nas áreas Zona rurais e silvestres, os mosquitos vetores do vírus da febre amarela pertencem aos gêneros Haemagogus e Sabethes. A espécie que mais se destaca é o Haemagogus janthinomys, embora o Haemagogus leucocelaenus tenha ganhado importância na última década, assumindo a condição de vetor primário em alguns Estados.

 

Prevenção

A prevenção da febre amarela se dá através do combate aos mosquitos e de vacinação. Nas áreas de risco, a vacinação deve ser feita a partir dos seis meses de vida, enquanto nas outras áreas pode ser a partir dos nove meses. Viajantes que forem para Amazônia ou Pantanal devem tomar um reforço dez dias antes.

Algumas medidas de combate ao mosquito são:

  • Utilizar água tratada com cloro (40 gotas de água sanitária a 2,5% para cada litro) para regar plantas.
  • Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água.
  • Não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostos à chuva.
  • Manter sempre tapadas as caixas de água, cisternas, barris e filtros.
  • Colocar os resíduos domiciliares em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.
  • Não deixar o bico das garrafas para cima.

 

Fonte: Wikipédia

 

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